O evento Rio Psiu Poético começará na capital fluminense no próximo dia 16, tendo como homenageado Waly Salomão.
Quinto dos sete filhos de um imigrante sírio com uma sertaneja, Waly nasceu em Jequié/BA em 3 de setembro de 1943. Formou-se em Direito em 1967 na Universidade Federal da Bahia, onde também cursou a Escola de Teatro.
Na década de 1960, participou do movimento tropicalista. Figura importante da contracultura no Brasil, nos anos 1970 atuou em diversas áreas da cultura brasileira. Seu primeiro livro foi "Me segura qu'eu vou dar um troço", de 1972. A obra, considerada radical, visceral, densa e revolucionária, marca a estética pós-tropicalista. Waly ganhou, em 1997, o Prêmio Jabuti de Literatura com o livro de poesia Algaravias. Seu último livro foi Pescados Vivos, publicado em 2004, após sua morte.
Enveredando pelo universo musical, foi letrista de canções de sucesso, como Vapor Barato, em parceria com Jards Macalé. Suas canções foram interpretadas por Maria Bethânia, Caetano Veloso, Adriana Calcanhotto, Gal Costa e O Rappa, entre outros. Nos anos 1990, Waly Salomão produziu dois trabalhos de Cássia Eller: Veneno AntiMonotonia, de 1997, e Veneno Vivo, de 1998. Morreu em 5 de maio de 2003, vítima de um tumor no intestino.
Em Montes Claros, o Festival de Arte Contemporânea Psiu Poético é realizado pelo Grupo de Literatura e Teatro Transa Poética, em parceria com a Prefeitura de Montes Claros e a UNIMONTES (Universidade Estadual de Montes Claros).
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